Avaliação de risco do pé diabético em uma unidade básica de saúde

Resumo

De acordo com a Organização das Nações Unidas, 70% das amputações realizadas no Brasil são decorrentes do Diabetes Mellitus. Existem evidências que indivíduos com o diabetes mal controlado ou não tratado, desenvolvem consequências como aumento do número de hospitalizações, aumento de eventos cardiovasculares, cerebrovasculares, cegueira, insuficiência renal e amputação não traumática do membro inferior. Relato de experiência: No período de maio a junho de 2018, os estudantes da graduação de medicina realizaram algumas atividades para avaliar e cuidar do pé diabético dos usuários da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jardim Fragoso I, localizada no município de Olinda, PE. Participaram das atividades 21 usuários da UBS que apresentavam o diagnóstico precoce de DM, as atividades propostas foram rodas de conversa com orientações e cuidados com o pé diabético e em seguida foi realizada uma avaliação através da ficha de Avaliação e Rastreamento de Dor Neuropática, Perda da Sensibilidade Protetora e Doença Arterial Periférica para Atenção Primária em Saúde. A alteração mais significativa identificada neste estudo, foi a redução da sensibilidade protetora plantar. Conclusão: A partir desta experiência, identifica-se a necessidade de realizar práticas de prevenção secundária na UBS voltadas para a pessoa diagnosticada com DM, incluindo o rastreamento do risco de ulceração. Por ser coordenadora do cuidado, ordenadora da Rede de Atenção à Saúde e porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), este serviço gera impactos relevantes na melhoria do prognóstico e redução de complicações referente às doenças crônicas.