Furosemida bloqueia canal aniônico formado pela α-hemolisina de Staphylococcus aureus.
DOI:
https://doi.org/10.56102/afmo.2022.192Palavras-chave:
Furosemida, Staphylococcus aureus, Canal iônico, Fator de virulência, Agente AntimicrobianoResumo
Investigar o efeito de furosemida no canal α-hemolisina (α-HL) de Staphylococcus aureus em bicamadas lipídicas planares por caracterização eletrofisiológica e estudos de docking molecular. As membranas planares de bicamada lipídica foram preparadas e α-HL (0,07 mg/mL) foi adicionada à solução padrão no compartimento cis da câmara experimental. Todos os experimentos foram realizados em temperatura ambiente usando um amplificador Axopatch 200A no modo voltage clamp. Em pH 7,5, os canais α-HL estavam geralmente em uma alta condutância ~ 4 nS e raramente mudam para estados de baixa condutância. Após a incorporação do canal iônico na membrana bicamada, a furosemida também foi adicionada à solução padrão no compartimento cis. Para os estudos de docking, as coordenadas atômicas para o canal heptamérico α-HL foram recuperadas do PDB ID (7AHL) e a estrutura de furosemida foi obtida do PubChem, suas coordenadas foram elaboradas e minimizadas com o software Avogadro. Os experimentos de docking molecular foram realizados usando o Dockthor online. A furosemida inibiu (P<0,05) a condutância do canal α-HL de maneira voltagem-dependente. Foram avaliadas as duas melhores soluções de docking e o canal α-HL, observou-se que o modo de conexão com maior afinidade de interação possui maior número de ligações de hidrogênio. Os resíduos de ligação foram o 113 e o 147, que formam os remanescentes de constrição do canal α-HL. Em conclusão, a furosemida bloqueia as correntes iônicas na constrição do canal causado pela α-hemolisina de Staphylococcus aureus.
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Copyright (c) 2022 Luciana Teixeira, Janilson Silva Júnior, Pedro Vieira, Marcus Canto, Anne Gabryelle Figueirêdo, Dijanah Machado, Joelmir Silva

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