Síndrome de Heyde

um diagnóstico a se considerar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56102/afmo.2023.254

Palavras-chave:

Estenose da valva aórtica, Angiodisplasia, Substituição da valva aórtica transcateter, Doença de von Willebrand Tipo 2, Fator de von Willebrand

Resumo

A estenose aórtica valvar (EAo) calcificada é uma entidade clínica frequente, particularmente em idosos. Muitos desses pacientes apresentam quadro clínico associado de anemia. Entre as possibilidades para essa alteração hematológica encontra-se a Síndrome de Heyde, que é uma anemia associada a angiodisplasia intestinal e perda de multímeros de alto peso molecular (MAPM) do fator de von Willebrand (FvW). A resolução de síndrome ocorre com a correção da estenosa aórtica. A Síndrome de Heyde deve fazer parte do diagnóstico diferencial entre pacientes com anemia e portadores de estenose valvar aórtica severa.

Biografia do Autor

Dolly Brandão Lages, Faculdade de Medicina de Olinda

Fisioterapeuta pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (2004). Pós graduada em Direito Constitucional e Administrativo pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió. Atualmente acadêmica do 8º período de Medicina na Faculdade de Medicina de Olinda e Membro da Liga de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Católica de Pernambuco. Olinda, Pernambuco, Brasil.

Fernando Augusto Pacífico, Faculdade de Medicina de Olinda

Fonoaudiólogo pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2011). Especialista em Morfologia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Especialista em Neurociência Aplicada pela UFPE. Mestre em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, Área de Concentração: Neurociências, pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2014). Doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, Área de Concentração: Neurociências, pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2018). Professor Substituto do Departamento de Anatomia da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2014-2016). Atualmente, é professor da Faculdade de Medicina de Olinda (FMO). Olinda, Pernambuco, Brasil.

Maria Luiza Curi Paixão, Faculdade de Medicina de Olinda

Acadêmica da Faculdade de Medicina de Olinda. Olinda, Pernambuco, Brasil.

Flavio Roberto Azevedo de Oliveira, Hospital Memorial São José

Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (1987). Residência em Cardiologia no Hospital das Clíncas de Pernambuco. Sócio titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, com títuulo revalidado. Sócio titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e membro de conselho deliberativo. Cardiologista e hemodinamicista dos Hospitais Memorial São José, PROCAPE e IMIP, em Recife (PE). Recife, Pernambuco, Brasil.

Mário Cruz Couto, Faculdade de Medicina de Olinda

Acadêmico da Faculdade de Medicina de Olinda. Olinda, Pernambuco, Brasil.

Michelle Alves de Farias, Faculdade de Medicina de Olinda

Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário CESMAC (2012). Especialista em Urgência, Emergência e UTI, e especialista em Saúde da Família. Graduanda em Medicina pela Faculdade Medicina de Olinda. Olinda, Pernambuco, Brasil.

Eduardo Lins Paixão , Faculdade de Medicina de Olinda

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de PE - UPE (1984), residência Médica em Cardiologia Clínica pelo Hospital do Coração - HCor - São Paulo/SP (1987), pós-graduação em Cardiologia Nuclear (Research fellow) pela Yale University, EUA (1996). Atualmente é diretor do laboratório de cardiologia nuclear do Hospital Santa Joana Recife/PE. É médico do setor de tomografia cardiovascular do Hospital Santa Joana Recife/PE e professor da Faculdade de Medicina de Olinda/PE. Tem experiência na área de cardiologia clínica, com ênfase em Cardiologia Nuclear e Tomografia Cardiovascular. Olinda, Pernambuco, Brasil.

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Publicado

2023-06-29

Como Citar

Lages, D. B., Pacífico, F. A., Paixão, M. L. C., Oliveira, F. R. A. de, Couto, M. C., Farias, M. A. de, & Paixão , E. L. (2023). Síndrome de Heyde: um diagnóstico a se considerar. Anais Da Faculdade De Medicina De Olinda, 1(9), 25–30. https://doi.org/10.56102/afmo.2023.254

Edição

Seção

Relatos de Casos