Anos potenciais de vida perdidos por doenças do aparelho circulatório em uma capital do Nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.56102/afmo.2024.317Palavras-chave:
Anos potenciais de vida perdidos, Doença crônica, Doenças do aparelho circulatório, MortalidadeResumo
Objetivo: Estimar os anos potenciais de vida perdidos por doenças do aparelho circulatório (DAC) de residentes no Recife, Pernambuco. Métodos: Estudo descritivo com abordagem quantitativa dos óbitos por DAC de residentes no Recife de 1 a 74 anos de idade, ocorridos em 2017. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Calcularam-se os anos potenciais de vida perdidos (APVP) e sua taxa. Resultados: No ano estudado, ocorreram 12.038 óbitos de residentes no Recife; destes, 1.363 (20,2%) foram por doença arterial coronariana. No sexo masculino, a taxa de APVP foi de 16,27 anos/1.000 habitantes. A faixa etária entre 60 e 64 anos apresentou maior taxa de APVP (53,20 anos/1.000 habitantes). O tipo de DAC que apresentou maiores APVP (9.853 anos) foram as doenças isquêmicas do coração em ambos os sexos, com 6.701 anos perdidos nos homens (taxa de APVP = 9,24 anos/1.000 habitantes) e 3.152 anos nas mulheres (taxa de APVP = 3,78 anos/1.000 habitantes). Em todos os tipos de DAC, os homens apresentaram aproximadamente duas vezes mais chances de morrer comparado às mulheres (RC = 1,8). Conclusão: Os APVP e as taxas de APVP são indicadores pouco utilizados para análise do padrão de mortalidade. Contudo, as informações apresentadas desses indicadores poderão servir para nortear ações que visam a promoção da saúde e a prevenção das DAC.
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