Síndrome linfoproliferativa autoimune
Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.56102/afmo.2018.34Palavras-chave:
Síndrome Linfoproliferativa Autoimune, Esplenomegalia, Genes da via FASResumo
Introdução: A Síndrome Linfoproliferativa Autoimune (ALPS) é doença rara, genética, decorrente de mutações nos genes da via Fas e que ocasionam defeitos na apoptose linfocitária, levando a anemia hemolítica autoimune, linfoadenomegalia, esplenomegalia, hipergamaglobulinemia, elevação exagerada da vitamina B12 e propensão para transformação linfomatosa. Relato do caso: Lactente com 5 meses, gênero feminino, admitida para investigar anemia, esplenomegalia e episódios repetitivos de infecções. Exames laboratoriais mostraram anemia hemolítica autoimune, hipergamaglobulinemia e elevação sérica da vitamina B12. A citometria de fluxo evidenciou população de linfócitos T anormal: TCR-αβ/C3+/CD4-/CD8-. O estudo histopatológico do linfonodo revelou hiperplasia paracortical com células T transformadas, CD3+/CD4-/CD8-. A análise citogenética por bandeamento G na medula óssea mostrou cariótipo normal
(46,XX) e técnica de FISH em núcleos interfásico afastou a ocorrência da monossomia do cromossomo 7. O sequenciamento do gene Fas revelou presença da variante patogênica de substituição em heterozigose, no sítio de splicing do íntron 4 (IVS4+1G>A). A paciente foi diagnosticada como ALPS e tratada com corticosteroide, houve regressão significante da esplenomegalia e estabilização da anemia hemolítica, teste de Coombs negativo. Atualmente está estável, em uso de baixas doses de corticosteroide. Comentários: Os autores chamam atenção para necessidade da investigação da ALPS em pacientes pediátricos que cursam com anemia hemolítica, esplenomegalia e infecções de repetição.
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