Análise epidemiológica da infecção feminina pelo papilomavírus humano em uma Unidade Básica de Saúde de Olinda, Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.56102/afmo.2025.364Palavras-chave:
Atenção primária à saúde, Papilomavírus humano, Prevenção primária, Saúde da mulherResumo
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico das mulheres que irão realizar o exame preventivo ginecológico na atendidas na USF Ilha do Maruim, no município de Olinda-PE, de Agosto de 2023 a Janeiro de 2024. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, do tipo transversal, no qual foi realizado um questionário de levantamento de dados sócio demográficos, socioeconômicos e informações relacionadas a variáveis epidemiológicas associadas à infecção por HPV (Anexo 1) com as mulheres que realizaram o exame preventivo ginecológico na USF Ilha do Maruim, no município de Olinda-PE. Resultados: Observou-se, dentre as participantes, o predomínio de mulheres solteiras (60,71%), pardas (52,57%), com filhos (75%) e com renda menor do que um salário mínimo (64,28%). No que tange ao HPV, 39,28% afirmam serem vacinadas e 42,85% não sabem o que é o vírus. Quanto ao diagnóstico descritivo, a maioria (85,71%) indicou alterações celulares benignas. Em relação à microbiologia, 57,14% apresentaram cocos, 21,42% bacilos, 10,71 supracitoplasmáticos (Gardnerella/Mobiluncus), 7,14% Lactobacillus sp. e 10,71% apresentaram Trichomonas vaginalis, Candida albicans ou Actinomyces sp. Conclusão: Início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros e vulnerabilidade socioeconômica aumentam o risco de infecção pelo HPV. A maioria das participantes dessa pesquisa não tinham conhecimentos básicos sobre o vírus mas, apesar disso, nenhuma delas apresentou lesões ou alterações relacionadas ao HPV.
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