Frequência dos sintomas em pacientes com suspeita de hiperprolactinemia internados em uma clínica psiquiátrica particular em Recife

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56102/afmo.2024.305

Palavras-chave:

Fármacos antipsicotrópicos, Hiperprolactinemia, Macroprolactinemia, Pacientes psiquiátricos

Resumo

Objetivo: Investigar os sintomas de pacientes com suspeita de hiperprolactinemia internados em uma clínica psiquiátrica privada em Recife. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, com amostragem do tipo não probabilístico, realizado por meio de um questionário aplicado presencialmente em contato com os pacientes no período de janeiro a março de 2023, visando delinear o panorama da presença de hiperprolactinemia em pacientes que fazem uso de terapia antipsicótica no período de reabilitação clínica. Além disso, foram selecionados os prontuários de cada paciente para a coleta das medicações que estavam em uso. Foram utilizados os programas Excel 2010 e SPSS versão 22.0 para construção do questionário e tabulação dos dados coletados respectivamente. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes internados durante o período de avaliação, com idades que variavam de 16 a 87 anos (DP ± 18,3). Em relação à sintomatologia comumente encontrada em pacientes com hiperprolactinemia, observaram-se queixas em 25,4% da população alvo, que relataram ginecomastia (53,8%), seguido de comprometimento da libido (38,5%) e galactorreia (7,7%). Dentre as medicações, o cloridrato de biperideno e hemifumarato de quetiapina foram as mais prevalentes entre os pacientes que apresentavam queixas de ginecomastia, enquanto o hemifumarato de quetiapina, hemitartarato de zolpidem e alprazolam foram as mais encontradas em uso pelo grupo que apresentou comprometimento da libido. Conclusões: Este estudo verificou a prevalência dos sintomas associados à hiperprolactinemia em pacientes que fazem uso de antipsicóticos internados em uma clínica psiquiátrica.

 

Biografia do Autor

Emilly Kelly Paiva Damasceno, Faculdade de Medicina de Olinda

Vinculada à Faculdade de Medicina de Olinda. Olinda, Pernambuco, Brasil.

Gabriel José Paiva Aldeman, Faculdade de Medicina de Olinda

Possui graduação em Administração de empresas - Devry Brasil (2014). Tem experiências nas áreas de Administração de Empresas, com ênfase em Gestão de Empresas. Como empresário foi criador e proprietário da empresa de alimentação esportiva saudável - 4FitNutrition (2014), criador e sócio da EatFit (2014).

Andréia Veras Gonçalves, Faculdade de Medicina de Olinda

Graduação em Medicina pela Universidade de Pernambuco (2002). Possui Residência Médica em Clínica Médica pelo Hospital da Restauração, Residência médica em Endocrinologia pelo Hospital Agamenon Magalhães, Mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é doutoranda do programa de pós-graduação em Medicina Tropical, UFPE. Endocrinologista no Programa de Cirurgia para Tratamento da Obesidade no Hospital Universitário Oswaldo Cruz / UPE. Professora da Faculdade de Medicina de Olinda.

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Publicado

2024-06-28

Como Citar

Damasceno, E. K. P., Aldeman, G. J. P., & Gonçalves, A. V. (2024). Frequência dos sintomas em pacientes com suspeita de hiperprolactinemia internados em uma clínica psiquiátrica particular em Recife. Anais Da Faculdade De Medicina De Olinda, 1(11), 68–77. https://doi.org/10.56102/afmo.2024.305

Edição

Seção

Artigos Originais