Análise microbiológica de membranas poliméricas de quitosana associadas à Schinus terebinthifolius para o tratamento de feridas cutâneas

Resumo

Objetivo: Desenvolver e avaliar membranas de quitosana contendo extrato de entrecasca da Schinus terebinthifolius para uso tópico em lesões cutâneas. Métodos: Foram elaboradas membranas de quitosana com diferentes concentrações de extrato de Schinus terebinthifolius. Avaliaram-se a resistência ao dobramento, o pH das membranas e a atividade antimicrobiana do extrato usando a técnica de difusão de discos em Ágar Müeller Hinton. O inóculo bacteriano utilizado foi Staphylococcus aureus ATCC® 25923. Os diâmetros dos halos de inibição foram medidos com paquímetro para determinar a sensibilidade da bactéria. A interpretação dos resultados seguiu as tabelas de pontos de corte para concentração mínima inibitória e diâmetros de halos do Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing. Resultados: Após incubação a 30°C por 24 horas, o extrato de Schinus terebinthifolius nas concentrações de 43µg e 21,5µg mostrou os melhores halos de inibição para Staphylococcus aureus, com 16 mm e 14 mm, respectivamente. A membrana com 5% de extrato teve maior resistência ao dobramento, suportando mais de 300 dobragens antes do rompimento, enquanto a de 10% suportou apenas 12 dobragens, mostrando-se muito rígida e de baixa aderência. O pH das membranas foi de 5,5 em ambas as concentrações, sem diferença significativa. Conclusão: Os melhores resultados antimicrobianos do extrato de Schinus terebinthifolius foram nas concentrações de 43µg e 21,5µg. A membrana com 5% do extrato mostrou a melhor adaptação, ao passo que a de 10% tornou-se excessivamente rígida. Recomenda-se explorar concentrações mais baixas do extrato em futuras pesquisas.