Perfil clínico-epidemiológico e controle da esquistossomose no estado de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.56102/afmo.2024.330Palavras-chave:
Esquistossomose, Epidemiologia, Doenças negligenciadas, BrasilResumo
Objetivo: Este trabalho objetivou descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos notificados de esquistossomose no estado de Pernambuco (PE) entre 2017 e 2021. Métodos: Esse estudo transversal utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), obtidos no TABNET DATASUS, referentes a todos os casos de esquistossomose notificados em Pernambuco entre 2017 e 2021. Para o estudo, foram designadas variáveis clínico-epidemiológicas, como sexo, idade, raça/cor, escolaridade, forma clínica, evolução da doença, análise quantitativa (exame coproscópico) e análise qualitativa (testes sorológicos). Para a análise dos dados utilizou-se estatística descritiva simples, calculada no software de planilha eletrônica Microsoft Excel®. Resultados: Durante o período, houve 906 casos de esquistossomose em Pernambuco, com predominância em homens (53,1%), na faixa etária de 40 - 59 anos (33,3%) e em indivíduos negros (68,7%). A forma clínica mais comum foi a intestinal (31,6%). Do total, 48,3% evoluíram para a cura e 11,0% para o óbito. A análise quantitativa revelou que 57,4% dos casos não apresentaram ovos no exame, enquanto 39,9% tiveram resultado positivo na análise qualitativa. Conclusão: Este estudo evidenciou a esquistossomose como um problema de saúde pública em Pernambuco. É essencial direcionar esforços educativos e ações de controle para grupos vulneráveis, priorizando a detecção precoce e o tratamento adequado, além de revisar estratégias de saúde pública em diferentes regiões para combater a esquistossomose prontamente.
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